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02 nov

Reflexão sobre a escatologia cristã

Pintura: Renato,SJ

 

Neste mês a Igreja lembra do dia dos nossos irmãos e irmãs que já estão em Deus. Um tema que toca o âmago da nossa fé, pois afirmamos que a nossa vida culmina em Cristo, ou seja, ressuscitaremos, um dia com Cristo e entraremos na vida eterna. A área da teologia que trata da vocação última do ser humano chama-se Escatologia. A seguir abordaremos alguns pontos para uma reflexão sobre a nossa vocação de estar definitivamente em Deus.

1. Em Jesus está a plenitude e a salvação do ser humano:

Em Jesus, o mundo e a história recebem orientação definitiva. Jesus é o evento escatológico, à luz do qual devem ser considerados todos os conteúdos da esperança cristã. Jesus é o evento escatológico na medida em que é o revelador do Pai e o único mediador que nos leva a Ele. A esperança cristã não tem outro objeto a não ser o próprio Deus, o futuro absoluto e o destino do ser humano. A escatologia cristã não tem como objeto primário nenhum futuro intramundano, nenhum evento que se situe no quadro dessa história.

Jesus é o evento escatológico na medida em que é o revelador do Pai e o único mediador que nos leva a Ele. A esperança cristã não tem outro objeto a não ser o próprio Deus, o futuro absoluto e o destino do ser humano. A escatologia cristã não tem como objeto primário nenhum futuro intramundano, nenhum evento que se situe no quadro dessa história.

Deus é, uma vez alcançado, o céu; uma vez perdido, o inferno; enquanto examinador, o juízo; enquanto purificador, o purgatório. A manifestação de Deus em sua plenitude vai muito além do que o olho viu e o ouvido ouviu (cf. 1Cor 2,9). A própria tentativa de descrever aquilo em que temos esperança significaria destruir a esperança cristã e reduzir ao âmbito do nosso mundo o que, por definição, o ultrapassa.

2. A escatologia é uma mensagem de salvação:

Se a escatologia cristã tem Cristo como centro é uma mensagem de salvação. Anuncia a realização plena da salvação acontecida em Jesus. Se todo evento Cristo é salvífico, não pode não ser a sua definitiva manifestação.

A fé cristã afirma a possibilidade da condenação do ser humano, porque somente assim se afirma também sua autêntica liberdade. Mas isso não constitui o centro da mensagem de Jesus. Há apenas um único caminho da história e do ser humano: a vitória de Cristo está garantida, embora não possamos ter certeza de que cada um de nós participará dela.

3. O “já” e “ainda não” da plenitude:

A plenitude em que temos esperança é uma plenitude já possuída, em primícia, mas realmente. Não poderíamos ter esperança naquilo que não temos nenhuma ideia. A salvação de Cristo já é conhecida por nós. É vivida e experimentada na fé. Mas, a plena participação na glória do Senhor pressupõe a participação em sua morte. Continuidade e ruptura entre a vida presente e futura.

(Ir. Valdete Guimarães – SMR)

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