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01 nov

DE VIDOR PARA ÁDRIA

Vidor (Treviso), casa das origens após a restauração no ano 2000.

 

Em 11 de fevereiro de 1891, naquela época festa dos Sete Santos Fundadores dos Servos de Maria, Margarida e Elisa, aconselhadas pelo Padre Giovanni M. Dalla Costa deixam Vicença e se dirigem para Vidor (Treviso) na comunidade fundada por Mons. Giovanni Batista Mander, empenhada a colaborar com o presbítero, na escola e nas obras paroquiais.

O estabelecer-se em Vidor, será para elas a chegada à “terra prometida”, mas o seu estado de alma continua inquieto; passarão ainda alguns anos antes que se revele completamente a vontade de Deus. Elisa e Margarida, inutilmente, sugerem ao Mons. Mander de adotar para a pequena comunidade, orientada por Margarida, a Regra das Terciárias dos Servos de Maria. Logo se afastam dele. Era o ano de 1892. As autoridades civis de Vidor, de acordo com o Bispo, confiam o Jardim de Infância do Município à direção da professora Elisa Andreoli. Os frutos são logo satisfatórios, seja para o desejo das Irmãs que agora podem realizar uma forma de vida fraterna e de oração, como também para a educação das crianças.

O bispo de Cêneda, (atual Vitório Vêneto), dom Sigismondo Brandolini Rota, pede-lhes para agregar-se a uma Ordem, reconhecida pela Igreja. Juntas, optam pela Ordem dos Servos de Maria da qual já são Terciárias. Ao Prior geral, Pier Francesco M. Testa, pedem as “Constituições adaptas às Servas de Maria”, nome sob o qual desejam permanecer. Um mal entendido foi a causa que prolongou os tempos da agregação. A situação prolongou-se por 17 anos, criando muitas dificuldades para as Irmãs. São anos de sofrimento, com a dolorosa sensação de serem abandonadas também pela Ordem. Em meio a tantas contrariedades recebem um apoio das autoridades civis de Vidor, que dizem de “apreciar o trabalho das Irmãs”. Somente em 09 de julho de 1899, o Arcebispo entrega o hábito religioso de Terciárias Servas de Maria para Maria Margarida Ferraretto, Elisa Andreoli, Inês Vimercati e Carmela Regonesi. Transcorrido um ano, em 12 de julho de 1900, emitem a profissão religiosa como Terciárias dos Servos de Maria. Esta data será reconhecida e celebrada pela Congregação como o dies Congregationis (dia de fundação da Congregação).

Todavia, para Madre Elisa e as primeiras Irmãs, a aprovação diocesana e a agregação à Ordem dos Servos de Maria, permanecem ainda uma meta. Por isso, foi acolhida a proposta da Terciária Elisa Oriani de encaminhar em Ádria (Rovigo) uma Escola na casa por ela doada e, em abril de 1902, a Fundadora se estabelece naquela cidade.

O Bispo, dom Antonio Polin, acolhe favoravelmente as Irmãs de Vidor. Em 19 de março de 1903, aprova as suas Constituições e 31 de mesmo mês reconhece-as como Família religiosa. Além disso, acolhendo o desejo das Irmãs, solicitando a agregação à Ordem dos Servos de Maria.

Finalmente, com o apoio do novo bispo, dom Pio Tommaso Boggiani, em 19 de janeiro de 1910, foi assinado pelo Prior geral, frei Giuseppe M. Lucchesi, o tão desejado Decreto de agregação à Ordem.

Fonte: Livro Venerável Madre Maria Elisa Andreoli – Fundadora das Servas de Maria Reparadora – páginas 6 e 7

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