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29 dez

Dies Natalis de Irmã Maria Dolores Inglese

 

29 de dezembro

 

Hoje, fazendo memória de Irmã M. Dolores Inglese, no seu aniversário de nascimento no céu, glorificamos o Senhor por todos aqueles irmãos e irmãs que acolheram o seu convite e estão unidos na oração e no empenho de reparar o mal com o bem para o advento do Reino de Deus.

Maria Dolores, testemunha do prodígio de Nossa Senhora das Dores de Rovigo (1º de maio de 1895), se sentiu chamada pela Virgem Dolorosa à missão de propagar e animar a Obra da Reparação. Dedicou-se para sempre à sua amável Senhora, entrando no Instituto fundado por madre M. Elisa Andreoli, que acolheu a reparação como um dos elementos constitutivos da espiritualidade da Congregação que, a partir de 1913, assume o nome de Servas de Maria Reparadoras.

 

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Do livro Maria Dolores. No segredo de um nome.

 

A vida, ou melhor, as vicissitudes de Maria Inglese, depois Irmã Maria Dolores e, enfim, madre Dolores, não faz exceção. Seguir seu percurso visível, como se tentou demonstrar nestas páginas, é somente um modo para aproximar-se, nos limites do possível, à fonte do brilho da luz que perdura até aos nossos dias.

A teia destes acontecimentos com aqueles da Congregação das Servas de Maria Reparadoras não facilita a «explicação», mas a reconduz a um contexto comunitário que a repercute, ilumina, e é iluminada. De fato, é também particular, que uma devoção amadurecida no segredo de uma experiência pessoal, tenha encontrado primeiramente um contexto relacional e depois um horizonte de comunhão onde exprimir-se, reconhecer-se, tornar-se carisma eclesial […].

Em 29 de dezembro, coincide como fora citado, o dia do ingresso na Congregação e aquele da morte. Um círculo que se fecha, sigilando uma existência que encontra também nestas coincidências a harmonia de um desígnio. Ou, ao menos o deixa entrever, na penumbra. 182

Nos últimos dias da sua vida, Irmã Maria Dolores recuperou a voz. Depois da condenação do longo sofrimento de afonia, após o sussurro ao qual antes fora acometida, o respiro volta improvisamente para articular-se em palavras. Uma dádiva final, uma compensação extrema, uma restituição emblemática daquela palavra que havia usado incessantemente para exortar, animar, encorajar, convencer à Reparação. Mas também, no dia-a-dia, para dar orientações, sugerir, ensinar, instruir, também na arte de costura, mesclada à arte de viver a fé.

A morte que lhe chegou, finalmente, ao noitecer do dia 29 de dezembro de 1928.

A notícia não causou alarido e preservou também, naquela circunstância, a medida da discrição, a modéstia que marcou a sua vida inteira, como leiga e depois como consagrada.

A partir de 1956, os restos mortais de Irmã Maria Dolores repousam na igreja-santuário Beata Vergine Addolorata, uma nova Igreja ao lado da nova casa das noviças, na via dei Cappuccini, consagrada em setembro de 1932. Ali perto da Mãe Dolorosa que a amou e entre as irmãs que a acolheram junto a este amor, Maria Dolores das Servas de Maria Reparadoras, está certamente «em casa».

 

(MARIA GRAZIA FASOLI, Maria Dolores. No segredo de um nome, Rovigo-2005. Tradução em 2017, p. 32-33).

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